domingo, 5 de julho de 2009

Tempo geologico


O fim das coisas foi sempre algo que me intrigou, que me levou a questionar "porquê?"
Quando nos apercebemos que somos "gente", das primeiras coisas que apreendemos é que a vida tem um fim. Essa realidade é assustadora, mas como ainda somos pequenos, confortamo-nos de saber que o fim ainda vem longe, muito longe...
Aos passar os 20 apercebemos-nos como o tempo passa depressa e ao chegar aos 30 apercebemos-nos da "contagem decrescente". O fim não está assim tão longe. Esta constatação, esta realidade, para quem a vive é, verdadeiramente assustadora...Pelo menos para mim foi... Levou-me a questionar o sentido da vida, o que fazer com ela? e o que fazer dela?, e como está a vida neste momento?, como estará daqui a pouco tempo?e tantas outras perguntas...
Certeza só há uma... o tempo passa a correr e breve deixará de correr....

E o que aconteceu enquanto o tempo passou?....

O que quero recordar? Quem quero recordar? Com quero partilhar essas recordações?...

Era ela!... Foi sempre ela que me guiou, que apesar de nem sempre estar presente, de nem sempre me ouvir, ou ver, ou sequer sentir, me confortou nesta angustia, neste susto, nesta ansiedade....

Já não faz sentido...Já não sinto sequer essa angustia, esse medo, esse susto....Sinto uma frieza seca, gelida, solida, só, distante, apenas minha...

Sem comentários:

Enviar um comentário